Blog do Moisés Dutra
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Quem é Donald Trump, como entrou na campanha à presidência dos EUA e o que sua campanha representa

Donald Trump é um empresário e ex-presidente dos Estados Unidos, conhecido por sua personalidade controversa e suas posições polarizadoras. Nascido em 14 de junho de 1946, em Nova York, Trump é filho de um empresário do setor imobiliário e herdou os negócios da família, que expandiu para construir seu próprio império, principalmente através de empreendimentos imobiliários e marcas ligadas ao seu nome. Antes de ingressar na política, Trump era famoso pela sua presença na mídia e por seu reality show “The Apprentice”. Sua carreira empresarial foi marcada por altos e baixos, incluindo várias falências, mas sua habilidade para permanecer relevante o ajudou a construir uma imagem de homem de negócios bem-sucedido e autoconfiante.

Donald Trump entrou na política oficialmente em 2015, quando anunciou sua candidatura às eleições presidenciais de 2016 como candidato pelo Partido Republicano. Inicialmente visto com ceticismo por grande parte do público e da mídia, Trump atraiu uma base de apoio significativa ao adotar um discurso populista e anti-establishment, prometendo “drenar o pântano” de Washington e se apresentando como a voz do americano comum. Ele criticou a elite política e prometeu “fazer a América grande novamente”, um slogan que se tornou marca registrada de sua campanha. Suas posições duras contra a imigração, o livre comércio e seu apelo direto à classe trabalhadora branca foram essenciais para sua vitória surpreendente em 2016, derrotando a candidata democrata Hillary Clinton.

A presidência de Trump, de 2017 a 2021, foi marcada por políticas conservadoras e pelo rompimento com normas tradicionais da política americana. Suas ações incluíram cortes de impostos, uma abordagem protecionista para o comércio, políticas rígidas de imigração e a nomeação de juízes conservadores para o Supremo Tribunal Federal. Trump também se destacou por seu estilo direto e muitas vezes combativo, utilizando o Twitter como principal canal de comunicação, o que gerou muitas polêmicas e atraiu críticas e elogios. Entretanto, sua gestão também foi marcada por divisões profundas na sociedade americana, culminando em um impeachment e em uma resposta criticada à pandemia de COVID-19. Em 2020, Trump foi derrotado por Joe Biden, mas até hoje não aceita plenamente os resultados, alegando, sem provas concretas, que houve fraude eleitoral.

Em 2024, Donald Trump novamente lançou sua candidatura à presidência, tornando-se o primeiro ex-presidente desde Grover Cleveland a tentar um segundo mandato não consecutivo. Sua campanha atual reflete um retorno ao “Trumpismo”, com promessas de “recuperar a América” e retomar suas políticas de “América em primeiro lugar”. Ele continua a focar em temas como controle de imigração, redução da regulamentação e oposição a políticas progressistas. A campanha de Trump representa um movimento que busca restaurar uma América tradicional e nacionalista, com ênfase em valores conservadores, o fortalecimento das fronteiras e a defesa do que ele chama de liberdade individual contra o “controle” do governo federal.

Trump continua a ter um apoio fiel entre sua base de eleitores, especialmente entre os americanos rurais e trabalhadores da classe média que se sentem desconectados do governo e descontentes com as mudanças sociais rápidas. Sua campanha representa um desafio ao establishment político e é, para muitos, uma crítica direta ao que ele e seus apoiadores veem como uma invasão de políticas progressistas, das quais discordam profundamente. Apesar das controvérsias e das investigações em andamento contra ele, Trump se mantém como uma figura central e polarizadora na política americana, simbolizando um movimento que vê nele um defensor contra as forças que consideram ameaçadoras para a identidade e os valores dos Estados Unidos.

A candidatura de Donald Trump em 2024 é um reflexo da polarização intensa que caracteriza a política americana contemporânea. Sua campanha mobiliza aqueles que querem ver uma retomada do nacionalismo e uma rejeição ao que chamam de “politicamente correto”. Mais do que uma figura política, Trump se tornou um símbolo para seus apoiadores, representando uma resistência à globalização e à diversidade crescente no cenário político e social americano. Se eleito, sua administração provavelmente se baseará em uma agenda de valores conservadores, buscando manter sua influência sobre o futuro da nação e reforçar uma visão de América que atrai e inspira milhões, ao mesmo tempo em que enfrenta a oposição de outros milhões que veem sua abordagem como divisiva e retrógrada.

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