O ex-secretário de Saúde do Amazonas, Anoar Abdul Samad, foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) a devolver mais de R$ 9,4 milhões aos cofres públicos, devido a irregularidades em um contrato de gestão com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH). A decisão também responsabiliza o presidente-executivo do INDSH, José Carlos Rizoli, e impõe a Samad uma multa adicional de R$ 34 mil.
A denúncia, feita pelo deputado estadual Wilker Barreto, aponta problemas no 10º aditivo do contrato para gestão de importantes unidades de saúde em Manaus, como o Hospital Delphina Aziz e a UPA Campos Sales. Entre as falhas está o pagamento de R$ 1,4 milhão para transplantes renais que não atingiram as metas estipuladas. A Controladoria Geral da União (CGU) também identificou prejuízo de R$ 32 milhões pela falta de cumprimento das metas em aditivos anteriores do contrato.
A atuação de Samad e os problemas frequentes na gestão de saúde do governador Wilson Lima suscitam dúvidas sobre a eficácia do controle de recursos públicos, destacando uma possível negligência no planejamento e na fiscalização, essenciais para garantir a qualidade dos serviços de saúde no Amazonas.