A Cúpula do G20, aberta nesta segunda-feira (18) no Rio de Janeiro, foi palco de um breve, mas simbólico, encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Javier Milei, da Argentina. A interação entre os dois líderes, que já trocaram críticas publicamente, foi protocolar e sem grandes demonstrações de cordialidade.
Lula recebeu Milei no Museu de Arte Moderna, onde cumprimentou chefes de Estado de todo o mundo. No entanto, a interação com o presidente argentino durou apenas 20 segundos. Sem apertos de mãos prolongados ou sorrisos para a foto oficial, a troca de palavras foi rápida e discreta. A diferença de postura de Lula ao longo do evento foi evidente. Enquanto recebeu Joe Biden com sorrisos calorosos, apertos de mãos prolongados e até uma conversa descontraída sobre o Cristo Redentor durante a foto oficial, o tratamento dispensado a Javier Milei foi visivelmente mais frio. No breve encontro com o presidente argentino, não houve trocas cordiais nem sinais de simpatia; a interação se resumiu a um cumprimento protocolar de 20 segundos, sem apertos de mãos prolongados ou sorrisos, evidenciando a tensão latente entre os dois líderes que já trocaram críticas públicas recentemente. Menos impostos na Argentina O momento ocorre dias após Milei anunciar uma medida que promete beneficiar milhões de argentinos: a isenção de impostos sobre compras feitas em plataformas internacionais como Shein e Shopee. A decisão, que amplia o limite para importações eventuais de mil para 3.000 dólares, é um contraste gritante com a postura adotada pelo governo brasileiro, que sancionou em agosto uma taxa de 20% sobre compras de até 50 dólares, popularmente conhecida como “taxa das blusinhas”. A diferença nas políticas econômicas evidencia os contrastes entre os governos. Enquanto Milei busca uma abertura econômica e redução de impostos para aliviar os custos ao consumidor, Lula enfrenta críticas pela tributação que, segundo ele, foi necessária para equilibrar demandas fiscais e atender a pressões do varejo nacional.