Esposa do ex-jogador Robinho, Vivian Guglielmetti revelou a rotina de visitas ao marido, preso desde março deste ano na Penitenciária P2 de Tremembé (SP). Robinho foi condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão por estupro coletivo contra uma mulher albanesa em 2013. Vivian contou que visita Robinho semanalmente e que, em algumas ocasiões, é acompanhada pelos três filhos do casal. Ela contou que o ex-jogador mantém uma postura afetuosa como pai e que as visitas têm brincadeiras em família. “Quando vamos todos, vira aquela bagunça. Ele [Robinho] entra no papel de pai total, brincam muito, conversam muito”, revelou. Vivian afirmou que o marido está bem “na medida do possível” e destacou como Robinho a acalma durante as visitas. “Às vezes, vou [à cadeia] para tentar acalmá-lo e eu saio de lá mais calma, porque ele que me acalma. A gente tem nossa consciência tranquila. Ele deita e dorme, eu deito e durmo, porque a gente sabe o que aconteceu”, disse. “O Robinho foi condenado por áudios entre amigos, imorais, horrorosos. Só que isso não é um crime. A traição que houve comigo não é um crime. Está muito distante de ser um crime. Entre um ato imoral e um crime tem uma distância muito grande. Ele está há oito meses pagando por algo que não aconteceu”, pontua. Os áudios mencionados por Vivian foram obtidos pela polícia italiana por meio de escutas e usados como prova no julgamento. Neles, Robinho admite participação em uma orgia, mas afirma que houve consentimento da vítima. A mulher, no entanto, alegou que estava embriagada, perdeu a consciência e foi abusada sexualmente sem condições de reagir. A condenação na Itália foi confirmada pela Suprema Corte do país em 2022, encerrando o processo judicial. Robinho começou a cumprir pena no Brasil em março de 2024. A defesa do ex-jogador ainda tenta reverter a prisão por meio de um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Vivian também compartilhou ter explicado todo o processo judicial para os filhos. Segundo ela, os filhos apoiaram o pai. Ela lamentou ataques sofridos pelas crianças e ressalta que a família está unida para tentar reverter a condenação. Segundo ela, a Justiça brasileira não analisou as provas como a família acreditava que seria feito.