O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou, nesta quinta-feira (21), pela primeira vez sobre as revelações da Polícia Federal acerca de um plano orquestrado por militares para dar um golpe de Estado em 2022 e assassiná-lo antes da posse. A declaração foi dada em um evento no Palácio do Planalto para divulgar planos do governo federal para a concessão de rodovias ao setor privado. Em seguida, Lula passou a tratar do tema do evento.
“Eu sou um cara que tenho que agradecer agora, muito mais, porque eu tô vivo. A tentativa de envenenar eu e Alckmin não deu certo, nós estamos aqui”, disse Lula, sob alguns risos de parte do público.
O plano, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, envolvia a execução do presidente eleito Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, além da morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, caso o golpe fosse bem-sucedido. A data para a execução estava marcada para 15 de dezembro de 2022.
A Operação, deflagrada na terça-feira (19), cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, e cumpre ainda três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas, que incluem a proibição de manter contato com demais investigados; a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.