Belo reviveu alguns episódios polêmicos e conturbados de sua vida em um documentário disponível no streaming, incluindo o tempo que ficou preso. O pagodeiro foi investigado por associação ao tráfico, mas garante que não tentou comprar armas ilegalmente. “É uma situação fictícia, não existiu”, diz Belo. Entretanto, logo em seguida, o cantor é desmentido pelo um amigo e empresário Jorge Hamilton. “A gente fez um show no Jacarezinho (na Zona Norte do Rio de Janeiro), e o Belo quis comprar um fuzil. Eu estava do lado dele, até disse: ‘Espere aí, Belo’. O Belo passou o número dele para o traficante. Da casa dele. Esse número nunca mais saiu da minha mente. ‘Como assim você deu o telefone da sua casa para ele?’. ‘Ele me liga, eu venho comprar’ (teria respondido Belo)”, disse o amigo. A pessoa para quem o pagodeiro passou o telefone foi o traficante Vado, também conhecido como Bebeto. Ele era o líder no Jacarezinho. O ex-chefe da polícia civil, Zaqueu Teixeira disse no documentário que acabou encontrando uma relação de intimidade do pagodeiro com o traficante por acaso, enquanto interceptavam outras ligações para investigar outros membros do tráfico. O erro de Belo “Não estou aqui para julgar ninguém, cada um sabe o que faz. A gente que está no show business, um artista popular, você tem que falar com todo mundo. O grande erro foi o Belo ter dado o telefone da residência dele para um traficante. Ele sabe que errou”, disse ainda o empresário. Os investigadores passaram a interpretar as ligações em que Vado e Belo usavam codinomes para o que acreditam ser cocaína e o fuzil AR-15. Em uma das interceptações, o traficante pede dinheiro emprestado ao artista. E pela interpretação da polícia, o pagodeiro diz que queria esta arma “para deixar estampada na parede”, como revela uma das ligações. “Vado pede dinheiro para comprar cocaína e oferece em troca uma AR-15, um fuzil. Eles tentavam disfarçar, mas era basicamente ridículo. Usavam expressões como ‘tecido fino’, ‘tênis nike air’, sendo este último para designar a arma”, disse o ex-chefe da polícia Zaqueu Teixeira. No documentário, Belo comenta o caso: “Ter falado no telefone um minuto e alguns segundos com esse cara, com certeza foi o maior erro que eu cometi na minha vida”, disse.