O Amazonas registrou uma redução de 74,3% no número de queimadas em novembro, com 656 focos, comparado a 2.557 focos registrados em outubro, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em novembro de 2023, o número de queimadas foi de 797 focos.
Apesar da redução significativa, o ano de 2024 já é considerado o mais crítico em relação às queimadas desde que o Inpe iniciou o monitoramento, em 1998. O fenômeno afetou o estado com maior intensidade entre julho e setembro, quando uma densa camada de fumaça atingiu todas as 62 cidades amazonenses, gerando graves problemas na qualidade do ar, classificada como ruim ou péssima.
Em resposta à crise crescente, o Governo do Amazonas implementou a Operação Aceiro 2024, com o objetivo de combater incêndios, especialmente durante o período de estiagem. A operação contou com o envio de 60 bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e foi reforçada em agosto com mais 200 militares.
De acordo com a Defesa Civil, mais de 850 mil pessoas em todo o estado estão sendo impactadas pela seca, com o Rio Negro registrando 12,11 metros, o menor nível em 120 anos.
A seca também impactou o Encontro das Águas, em Manaus, levando a prefeitura a interditar a Praia da Ponta Negra. Esse fenômeno é característico da região, com os níveis dos rios variando sazonalmente. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a estiagem pode se prolongar até dezembro, devido à baixa ocorrência de chuvas.