Nos primeiros dias de seu segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou as ações contra a imigração ilegal no país. De acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, 538 imigrantes em situação irregular foram detidos, e “centenas” já foram deportados em aviões militares.
As operações ocorreram em diversas cidades, incluindo Newark, Nova Jersey, onde agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) realizaram incursões em estabelecimentos locais, detendo moradores sem documentos e até mesmo cidadãos americanos, sem a apresentação de mandados judiciais. O prefeito de Newark, Ras Baraka, criticou as ações, afirmando que violam direitos constitucionais e geram um clima de medo na comunidade.
Essas medidas fazem parte de uma série de decretos assinados por Trump desde sua posse, visando reverter políticas de seu antecessor, Joe Biden. Entre as ações estão a declaração de emergência nacional na fronteira com o México, o envio de tropas adicionais para a região e a promessa de deportar “milhões e milhões de estrangeiros criminosos”.
A administração Trump também restabeleceu a política de “expulsão imediata” de imigrantes, permitindo a deportação rápida de indivíduos em situação irregular sem a necessidade de audiência judicial. Essa política havia sido eliminada durante o governo Biden, mas agora foi reimplementada em âmbito nacional para aqueles que residem ilegalmente no país há menos de dois anos.
As ações têm gerado críticas de organizações de direitos humanos e de líderes locais, que apontam para possíveis violações de direitos e para o impacto negativo nas comunidades imigrantes. A administração Trump defende as medidas como necessárias para garantir a segurança nacional e o cumprimento das leis de imigração.