O estado do Amazonas tem registrado números preocupantes em relação à infecção pelo HIV e aos casos de AIDS nos últimos anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2022, houve um aumento de 52,69% nos casos de HIV no estado. Em 2023, foram registrados quase dois mil novos casos, conforme informações da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).
Historicamente, o Amazonas apresenta taxas elevadas de detecção de AIDS. Estudos indicam que, na última década, o estado reportou a maior taxa de incidência de AIDS no país, com 52,2 casos por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional foi de 21,3 casos por 100 mil habitantes.
No entanto, há sinais positivos. Dados recentes apontam uma redução de 6,6% nos casos de HIV nos primeiros 11 meses de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o número de mortes causadas pela AIDS apresentou uma queda de 12,63% no mesmo período.
O perfil epidemiológico mostra que a maioria dos casos ocorre entre homens jovens, especialmente na faixa etária de 20 a 39 anos. A principal via de transmissão continua sendo sexual, seguida pelo uso de drogas injetáveis e pela transmissão vertical (de mãe para filho).
Em termos de mortalidade, o Amazonas registrou um aumento de 8,5% no coeficiente de mortalidade por AIDS nos últimos dez anos, passando de 6,4 para 6,9 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, foram contabilizados 322 óbitos relacionados à doença no estado.
Para enfrentar esses desafios, é fundamental intensificar as ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. A ampliação do acesso a testes rápidos, campanhas educativas e a distribuição de preservativos são medidas essenciais para conter o avanço do HIV/AIDS no Amazonas.