O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (9), que irá impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, medida que pode afetar diretamente o Brasil. O país foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA em 2024, atrás apenas do Canadá e do México. Até o momento, o governo brasileiro não se manifestou oficialmente sobre a decisão, mas especialistas alertam para possíveis impactos na indústria siderúrgica nacional.
As novas tarifas fazem parte da estratégia protecionista de Trump, que já impôs restrições comerciais a países como México, Canadá, União Europeia e China. Até então, o Brasil vinha escapando dessas medidas, mas agora pode enfrentar dificuldades para manter sua posição no mercado americano. Em seu primeiro mandato, Trump já havia adotado uma política semelhante, mas posteriormente retirou as tarifas sobre o aço brasileiro.
Os mercados reagiram com volatilidade ao anúncio. As bolsas asiáticas tiveram oscilações, o dólar valorizou e os rendimentos do Tesouro americano subiram. O euro e o dólar canadense apresentaram queda, assim como o iene japonês e o yuan chinês, reflexo das preocupações com uma possível escalada nas tensões comerciais globais. Para especialistas, a medida pode encarecer a produção nos EUA e afetar a cadeia global de suprimentos.
Na Europa e na Ásia, a repercussão foi imediata. A União Europeia classificou as tarifas como “injustificadas” e prometeu medidas de retaliação para proteger suas empresas. Já na Coreia do Sul, quarto maior fornecedor de aço para os EUA, o governo realizou reuniões de emergência para avaliar estratégias de resposta. A França, por sua vez, indicou que não hesitará em adotar medidas para defender seus interesses comerciais.
Além das tarifas sobre o aço e o alumínio, Trump afirmou que pretende igualar as tarifas impostas a produtos americanos por outros países. Durante sua viagem ao Super Bowl, ele também comentou sobre temas como a dívida pública dos EUA, a guerra na Ucrânia e a situação da Faixa de Gaza, indicando que pretende continuar sua postura agressiva nas negociações internacionais.