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Bolsonaro foi o ‘presidente mais investigado da história do Brasil’; veja argumentos da defesa

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu início, nesta terça-feira (25), ao julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, defendeu que “não se achou absolutamente nada” contra o ex-presidente, destacando que ele foi o “presidente mais investigado da história do Brasil”. Vilardi pediu a rejeição da denúncia, afirmando que as acusações são infundadas.

Durante a sessão, o ministro Alexandre de Moraes apresentou o relatório que detalha as condutas atribuídas a Bolsonaro e aos demais denunciados. Em sua fala, Vilardi argumentou que, embora existam 45 mil documentos relacionados ao caso, não há evidências concretas que vinculem Bolsonaro a atos ilícitos. Ele reiterou que a acusação de crimes contra a democracia é “impossível”, uma vez que os eventos alegados ocorreram durante a administração de Bolsonaro.

O advogado também questionou a validade da delação de Mauro Cid, afirmando que qualquer declaração deve ser corroborada por provas substanciais. Ele destacou que o ex-presidente não participou dos eventos de 8 de janeiro e, ao contrário, repudiou os atos de violência. A defesa ressaltou que as investigações não revelaram nenhum documento comprometedora em relação a Bolsonaro.

Após as defesas, o relator Alexandre de Moraes votará sobre as questões preliminares, como a competência do STF para julgar o caso. Os outros ministros da turma seguirão com seus votos, e, em caso de aceitação da denúncia, os envolvidos se tornarão réus e enfrentarão um processo na Corte.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia em fevereiro de 2025, sustentando que Bolsonaro e seus aliados formaram uma organização criminosa com o objetivo de subverter a ordem democrática. O desfecho do julgamento é aguardado com expectativa, uma vez que as decisões do STF terão impacto significativo na política nacional.

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