A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (8), a operação Cisne Negro, que investiga desvios de recursos públicos, crimes licitatórios, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Universidade Estadual de Roraima (UERR). Servidores e ex-servidores da instituição estão entre os alvos da ação.
Segundo a PF, o prejuízo estimado ultrapassa R$ 100 milhões. Os investigadores afirmam que houve direcionamento de licitações e superfaturamento de contratos com uma empresa de engenharia. As suspeitas envolvem o uso de empresas de fachada para execução de obras e serviços na universidade.
Ao todo, os agentes cumprem 11 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares como o sequestro judicial de carros de luxo, aeronaves, cabeças de gado e o bloqueio de bens no valor de R$ 108 milhões. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Estadual de Roraima.
A delegada Tais Vione, responsável pelo inquérito, afirmou que o esquema pode ter resultado no enriquecimento ilícito de integrantes da suposta organização criminosa. A investigação segue em andamento, e novas diligências não estão descartadas.
Até o momento, os nomes dos envolvidos não foram divulgados oficialmente.