A britânica Ethel Caterham, de 115 anos, foi reconhecida nesta terça-feira (30) pela organização LongeviQuest como a pessoa mais velha do mundo, após o falecimento da brasileira Inah Canabarro Lucas. Inah, que faleceu aos 116 anos, era até então detentora do título de pessoa mais velha do planeta. Ethel, que vive em Surrey, no Reino Unido, atravessou três séculos de história e se tornou uma figura emblemática de longevidade, sendo também a última súdita de Eduardo VII ainda viva.
Ethel nasceu em 21 de agosto de 1909, em Shipton Bellinger, no condado de Hampshire, e cresceu em uma grande família, o que a fez desenvolver desde cedo uma forte conexão com a longevidade. Sua irmã mais velha, Gladys, viveu até os 104 anos, inspirando Ethel a buscar um estilo de vida saudável e ativo, que ela preserva até hoje. Aos 18 anos, Ethel se aventurou na Índia, onde trabalhou como babá e se apaixonou pelas tradições locais, o que marcou sua juventude.
Aos 24 anos, Ethel se casou com o Major Norman Caterham e, juntos, viveram em diversos locais ao redor do mundo, incluindo Hong Kong e Gibraltar. Lá, ela abriu uma creche bilíngue, uma iniciativa pioneira para a época. Viúva desde 1976 e mãe de duas filhas, Ethel manteve a independência por décadas, dirigindo até os 97 anos e jogando bridge até os 100. Ela se orgulha de sua vida ativa e simples, cercada de cuidados e de seu jardim, onde passa boa parte do tempo.
No Brasil, a morte de Inah Canabarro Lucas, ocorrida no dia 30 de abril, encerra uma era para o título de pessoa mais velha do mundo. Inah, que se dedicou à vida religiosa como freira, faleceu em Porto Alegre, aos 116 anos, deixando um legado de serenidade e dedicação. Sua perda foi lamentada pela Congregação das Irmãs Teresianas, que destacou a sua trajetória de vida. Agora, a busca por novos recordes de longevidade segue, com destaque para a brasileira Deolira Glicéria Pedro da Silva, que completou 120 anos em março, embora ainda não tenha sido reconhecida oficialmente pelo Guinness World Records.