Os 133 cardeais que participam da escolha do novo papa iniciaram nesta quarta-feira (7) o conclave no Vaticano com uma procissão solene até a Capela Sistina. Antes da entrada oficial, todos se reuniram em oração na Capela Paulina, onde o cardeal Pietro Parolin, apontado como um dos favoritos, discursou aos colegas. A cerimônia foi transmitida ao vivo e marcou o início do processo que definirá o sucessor de Francisco.
O responsável por selar as portas da Capela Sistina, conforme o ritual, é o cardeal George Jacob Koovakad. A partir desse momento, os cardeais ficam isolados do mundo exterior até que o novo pontífice seja escolhido. A primeira e única votação do dia deve ocorrer por volta das 14h (horário de Brasília), com expectativa de fumaça preta, sinal de que ainda não houve consenso.

Ao todo, sete brasileiros participam do conclave, incluindo nomes como Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, e Leonardo Steiner, de Manaus. Para eleger o novo papa, são necessários ao menos 89 votos — o equivalente a dois terços do total. As sessões podem ocorrer até quatro vezes por dia, e o processo pode durar até três dias, segundo fontes do Vaticano.
O conclave mais recente, que elegeu Francisco em 2013, durou dois dias. Caso o impasse persista após várias rodadas, há pausas para oração e, eventualmente, um segundo turno entre os dois mais votados. A eleição é marcada pela tradicional fumaça branca que sai da chaminé da Capela Sistina, símbolo do anúncio de um novo pontífice.