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STF ouvirá aliados e ex-comandantes em processo que investiga trama golpista

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para este mês os depoimentos de testemunhas na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado. O processo tem como réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados. As oitivas envolvem nomes indicados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos acusados.

Segundo o cronograma divulgado nesta quarta-feira (7), os primeiros depoimentos ocorrerão em 19 de maio, com as testemunhas de acusação listadas pela PGR. Entre os convocados estão militares e ex-integrantes do governo, como os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, além do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. As testemunhas devem esclarecer ações que teriam contribuído para minar o processo eleitoral e favorecer um golpe.

Na sequência, no dia 22, serão ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A lista inclui o general Júlio Cesar de Arruda, que comandava o Exército no dia 8 de janeiro de 2023, e o ex-assessor Luís Marcos dos Reis. Os advogados pretendem demonstrar que Cid seguia ordens e não teria participado de articulações golpistas.

Nos dias 30 de maio e 2 de junho, serão ouvidas as testemunhas indicadas por Jair Bolsonaro. A lista traz aliados próximos, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e os ex-ministros Eduardo Pazuello e Gilson Machado. Também foram incluídos um advogado, um médico e o ex-secretário de Tecnologia do TSE, Giuseppe Janino, que devem abordar temas ligados à integridade das urnas e ao estado de saúde do ex-presidente.

Além de Bolsonaro e Cid, também são réus na ação os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres; o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier; o deputado federal Alexandre Ramagem e outros nomes ligados à cúpula do governo anterior. A expectativa é de que os depoimentos ajudem a esclarecer o grau de envolvimento de cada um nos atos que culminaram nos ataques de 8 de janeiro.

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