O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta segunda-feira (19) que não há possibilidade de contato entre o traficante Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, e outros membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), como Marcola, que também está preso na Penitenciária Federal de Brasília. Segundo o ministro, a unidade é considerada a mais segura do país e impede qualquer comunicação entre integrantes da facção.
Tuta chegou ao Brasil no domingo (18), após ser expulso da Bolívia, onde foi preso na sexta-feira (16) por uso de documento falso. Ele estava foragido havia cinco anos e foi condenado no Brasil a 12 anos de prisão por organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A transferência foi realizada pela Polícia Federal, com apoio de outras forças de segurança.
A extradição foi determinada pela Justiça boliviana durante uma audiência de custódia, que ordenou a saída imediata de Tuta do país. Ele foi entregue às autoridades brasileiras em Corumbá (MS) e levado para Brasília em uma aeronave da PF. A operação envolveu cerca de 50 agentes federais, 18 policiais penais e apoio das polícias Militar e Civil do Distrito Federal.
A prisão de Tuta é considerada um avanço no combate ao crime organizado, já que ele era um dos principais alvos do Ministério Público de São Paulo. A atuação do PCC na Bolívia também tem chamado atenção das autoridades brasileiras, que identificam um aumento da presença da facção no país vizinho.