Blog do Moisés Dutra
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Cresce número de invasões em Manaus e falta de ação do poder público preocupa moradores

Manaus (AM) – O número de invasões a imóveis urbanos e rurais tem crescido significativamente em Manaus nos últimos meses, gerando preocupação entre proprietários e comunidades afetadas. De acordo com relatos de moradores e entidades do setor imobiliário, diversos terrenos e áreas particulares têm sido ocupados irregularmente, muitas vezes sem qualquer intervenção imediata das autoridades competentes.

Segundo denúncias, parte dos ocupantes se identifica como pertencente a grupos indígenas, o que tem levantado debates delicados sobre os limites entre o direito à terra, ocupações ilegais e o respeito à propriedade privada. Proprietários alegam estar sendo vítimas de uma “indústria de invasão”, na qual terrenos são ocupados, loteados e, em alguns casos, até vendidos de forma irregular.

“É desesperador. Tenho escritura, documentos, impostos pagos, mas invadiram meu terreno como se fosse terra de ninguém. E ninguém faz nada”, afirma um dos proprietários afetados, que preferiu não se identificar por medo de retaliações.

Falta de resposta

Moradores cobram uma ação mais firme por parte da Prefeitura de Manaus, do Governo do Estado e dos órgãos de segurança, que, segundo eles, têm se mantido omissos diante das invasões. Em muitos casos, os processos de reintegração de posse são lentos ou não são sequer iniciados.

As áreas invadidas vão desde terrenos particulares até glebas em zonas de expansão urbana e regiões próximas a áreas ambientais protegidas. Especialistas alertam para os riscos à segurança jurídica, ao planejamento urbano e ao meio ambiente.

Debate sensível

Enquanto os proprietários pedem proteção à sua integridade patrimonial, movimentos sociais e representantes de povos indígenas reforçam a necessidade de uma política habitacional justa e inclusiva, alertando para o déficit de moradias e a exclusão histórica de populações tradicionais.

O Ministério Público do Amazonas e a Defensoria Pública do Estado foram acionados por entidades civis para acompanhar os casos e garantir que eventuais reintegrações respeitem os direitos humanos e o devido processo legal.

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