O Supremo Tribunal Federal (STF) revogou, nesta sexta-feira (13), o mandado de prisão contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ordem de soltura foi emitida pouco depois da Polícia Federal cumprir o mandado de prisão preventiva em Brasília.
A detenção foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito das investigações sobre uma possível tentativa de fuga de Cid para o exterior, supostamente articulada com o apoio do ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto, preso no mesmo dia em Recife. A suspeita é que ambos atuaram para tentar obter um passaporte português, com o objetivo de que Cid deixasse o país mesmo sendo réu no inquérito das milícias digitais e investigado por tentativa de golpe de Estado.
Apesar da revogação, Cid teve seu celular apreendido, foi alvo de busca e apreensão e será ouvido novamente pela Polícia Federal ainda nesta sexta-feira. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acompanha o caso e pode apresentar novas medidas cautelares.
A defesa de Mauro Cid comemorou a decisão e afirmou que ele “permanece à disposição da Justiça”. Já Gilson Machado segue preso preventivamente e será transferido para Brasília nas próximas horas.
CONTEXTO:
Mauro Cid já havia sido preso anteriormente em 2023 e 2024 por envolvimento em fraudes e obstrução de Justiça, sendo um dos principais delatores no caso que investiga a suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.

