O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que não descarta assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, como forma de pôr fim ao confronto entre os dois países. Em entrevista à emissora norte-americana ABC News nesta segunda-feira (16), o premiê declarou que a medida não agravaria a guerra. “Isso não vai escalar o conflito, vai acabar com o conflito”, disse ele, ao ser questionado sobre um plano supostamente vetado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo Netanyahu, o Irã está empurrando a região para uma guerra nuclear. “A ‘guerra eterna’ é o que o Irã quer, e eles estão nos levando à beira de uma guerra nuclear. Israel está tentando impedir isso, enfrentando as forças do mal”, declarou. A fala ocorre em meio à pior escalada militar entre os dois países em décadas, que já deixou centenas de mortos.
Na manhã desta segunda, Israel bombardeou a sede de uma emissora estatal iraniana durante a transmissão ao vivo de um telejornal. O Irã reagiu afirmando que o ataque constitui um crime de guerra. As Forças Armadas israelenses alertaram os moradores do distrito 3 de Teerã, onde há ministérios e embaixadas, para deixarem a região. Ainda não se sabe se esse aviso estava relacionado ao bombardeio da TV ou a outro alvo militar.
O conflito, que chegou ao quarto dia nesta segunda, começou com uma ofensiva surpresa de Israel na sexta-feira (13), chamada de “Operação Leão Ascendente”, que matou integrantes do alto comando militar iraniano e danificou instalações nucleares. O Irã retaliou com mísseis que atingiram áreas civis e infraestruturas estratégicas. Até o momento, ao menos 224 pessoas morreram no Irã e 22 em Israel — incluindo dezenas de crianças. Autoridades israelenses indicam que novos bombardeios estão previstos, enquanto negociações por um cessar-fogo ocorrem nos bastidores.