Uma semana após a morte de Juliana Marins na trilha do vulcão Rinjani, o governo da Indonésia decidiu se pronunciar sobre a tragédia com a jovem e emitiu uma “carta aberta” aos brasileiros, em formato de vídeo nas redes sociais, neste fim de semana.
Na gravação, Lalu Muhamad, governante da província de Sonda Ocidental, admitiu que o resgate de Juliana foi prejudicado pela falta de estrutura e equipamentos da equipe e se comprometeu a rever a segurança e os procedimentos de salvamento na região.
O governador disse ainda que apesar das dificuldades quanto aos equipamentos, a equipe se esforçou ao máximo para resgatar a brasileira com vida, mas o mau tempo interferiu diretamente na missão.
“Nossa equipe de resgate agiu com urgência e dedicação. Eles arriscaram a própria segurança para cumprir sua missão”, destacou o governador. O terreno arenoso próximo ao local criou riscos extremos para os dois helicópteros que mobilizamos, pois a entrada de areia nos motores tornava as operações de resgate aéreo inseguras. Reconhecemos que o número de profissionais certificados em resgate vertical ainda é insuficiente e que nossas equipes ainda carecem de equipamentos avançados para esse tipo de missão”.
Lalu disse que a segurança no local precisa ser melhorada e que está “comprometido” em envolver todos que atuam na região para garantir a segurança dos turistas. Contudo, um novo acidente foi registrado na trilha nesse domingo (29), mostrando que as medidas são urgentes e cruciais.
O corpo de Juliana ainda está em processo de translado e a família enfrenta dificuldades com a empresa aérea responsável pelo procedimento. A vítima já deveria ter sido entregue aos pais, mas a Emirantes, responsável pelo translado, cancelou o embarque e alegou que o compartimento já estava lotado. A família denunciou o descaso.