A manhã desta terça-feira (8) começou com a capital amazonense encoberta por uma densa camada de fumaça, visível principalmente nas zonas Oeste, Centro-Oeste e Sul. O fenômeno causou desconforto entre os moradores e reacendeu preocupações quanto à qualidade do ar na capital amazonense.
Segundo especialistas, o surgimento da fumaça está diretamente ligado ao aumento das queimadas que ocorrem na região durante o chamado “verão amazônico”, período de estiagem que se estende, geralmente, de julho a outubro. Com pouca ou nenhuma chuva, a vegetação seca favorece a propagação do fogo, seja por causas naturais ou, na maioria dos casos, pela ação humana.
As queimadas ocorrem principalmente em áreas rurais e nas proximidades da capital, e a fumaça gerada acaba sendo transportada pelos ventos para dentro da cidade. Além de prejudicar a visibilidade, a fumaça agrava problemas respiratórios, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares.
O fenômeno não é inédito. Em novembro do ano passado, Manaus enfrentou dias consecutivos de céu encoberto por fumaça densa, resultado de uma das piores crises ambientais da região. À época, os níveis de poluentes no ar ultrapassaram os limites considerados seguros pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e unidades de saúde registraram aumento significativo de atendimentos por problemas respiratórios.
Autoridades ambientais reforçam a importância de denunciar focos de incêndio e alertam para os riscos do uso do fogo, especialmente neste período crítico.
A população também é orientada a evitar atividades físicas ao ar livre durante os episódios de fumaça intensa e manter ambientes bem ventilados.
A previsão para os próximos dias é de continuidade do clima seco, o que pode favorecer novos episódios de fumaça. As equipes de monitoramento seguem acompanhando a situação e alertando sobre os impactos à saúde e ao meio ambiente.