A recente acusação do ex-presidente norte-americano Donald Trump, apontando o Brasil como praticante de “concorrência desleal” devido ao uso do PIX, não pode ser vista como algo trivial. Segundo ele, o sistema brasileiro — gratuito, ágil e sem burocracia — estaria prejudicando empresas de cartões de crédito e bancos estrangeiros. Como resposta, Trump ameaça aplicar sanções econômicas ao país.
É preciso deixar claro: essa fala ultrapassa o limite aceitável de influência externa na nossa economia. O PIX é uma inovação 100% nacional, criada pelo Banco Central do Brasil, com o objetivo legítimo de democratizar o acesso a pagamentos rápidos e gratuitos. E deu certo. O sistema se tornou um exemplo mundial, elogiado inclusive por instituições financeiras internacionais.
Punir o Brasil por uma solução que favorece sua própria população é absurdo. Essa tentativa de sanção evidencia o incômodo de grandes corporações financeiras globais, que veem seus modelos ultrapassados serem desafiados por uma solução simples e popular.
O que está em jogo, porém, não é só o PIX. É o direito do Brasil de desenvolver tecnologias que sirvam ao seu povo sem se submeter aos interesses de gigantes estrangeiros. Aceitar essa pressão seria abrir mão da soberania tecnológica e econômica.
Se Trump ou qualquer outro líder deseja combater o sucesso do PIX, o caminho correto é criar soluções melhores, não tentar sufocar as inovações de países emergentes por meio de ameaças.
É hora do Brasil se posicionar com firmeza. O PIX não é concorrência desleal: é eficiência. E eficiência não deve ser punida.
por: Moisés Dutra