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Homem é diagnosticado com peste negra após acampar na Califórnia

Um caso raro de peste negra foi confirmado em South Lake Tahoe, na Califórnia, levantando preocupações sobre a circulação da bactéria Yersinia pestis em áreas naturais frequentadas por campistas e trilheiros. O paciente, morador local que havia acampado na região, foi diagnosticado no dia 19 de agosto e está em tratamento com antibióticos, recuperando-se em casa.

Segundo o Departamento de Saúde Pública da Califórnia, a infecção provavelmente ocorreu por meio da picada de uma pulga infectada, comum em roedores silvestres como esquilos que habitam áreas de maior altitude. Autoridades reforçaram a necessidade de cautela durante atividades ao ar livre, recomendando evitar contato com roedores e utilizar repelentes.

A peste negra, também chamada de peste bubônica, é causada pela bactéria Yersinia pestis e historicamente ficou marcada pela pandemia que devastou a Europa na Idade Média. Hoje, apesar de rara, pode ser tratada com antibióticos, desde que diagnosticada rapidamente. Os sintomas incluem febre alta, calafrios, fraqueza, náuseas e inchaço doloroso dos gânglios linfáticos.

Na Califórnia, há um programa de monitoramento de roedores, e entre 2021 e 2024, 41 animais testaram positivo para a bactéria. Em 2025, já foram confirmados quatro novos casos em animais na região de Tahoe. Apesar disso, casos em humanos continuam sendo incomuns: a média nos EUA é de menos de 10 registros por ano, geralmente em áreas rurais do Oeste do país.

No Brasil, o último caso confirmado ocorreu em 2005, no município de Pedra Branca, no Ceará. Desde então, não houve novos registros, mas áreas do Nordeste seguem sob vigilância por risco de circulação da bactéria em roedores.

As autoridades de saúde destacam medidas de prevenção como o uso de roupas de manga longa, aplicação de repelentes, inspeção de animais de estimação após passeios e a evitação de contato com roedores, vivos ou mortos. O caso funciona como um lembrete de que doenças históricas, como a peste, ainda podem surgir no presente, mas que a conscientização e os cuidados adequados são fundamentais para evitar riscos maiores.

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