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Trump aumenta pressão sobre Venezuela com envio de navio e submarino nuclear

A pressão do governo de Donald Trump sobre a Venezuela deve se intensificar na próxima semana, com a chegada de um navio de guerra e um submarino de propulsão nuclear às águas do Caribe próximas ao país liderado por Nicolás Maduro. A medida se insere em uma operação já iniciada pelo envio de destróieres e outros navios, com o objetivo declarado de combater o narcotráfico, mas que também reforça a presença militar norte-americana na região.

Na semana passada, três destróieres da classe Arleigh Burke foram enviados, mas retornaram devido à força do furacão Erin. Nesta segunda-feira (25), os navios retomaram a movimentação. O envio inclui também o cruzador USS Lake Erie, da classe Ticonderoga, capaz de disparar 122 mísseis, e o submarino de ataque USS Newport News, que transporta mísseis e torpedos, elevando o poder de fogo da operação em mais de 50%.

Especialistas alertam, no entanto, que a mobilização não garante invulnerabilidade, já que a Venezuela possui mísseis antinavio de origem chinesa, russa e iraniana. Há rumores de que outros navios de desembarque anfíbio poderiam se juntar à operação, embora ainda não confirmados oficialmente. O patrulhamento aéreo por aviões espiões P-8 Poseidon segue sendo constante no Caribe.

A escalada ocorre em meio à associação direta feita pelo governo Trump entre o regime de Maduro e o narcotráfico. O presidente venezuelano foi indiciado por narcoterrorismo em Nova York em 2020, e o crescimento de cartéis mexicanos e venezuelanos levou o governo dos EUA a classificá-los como organizações terroristas. Em agosto, a Casa Branca anunciou operação militar permanente contra o tráfico na região, elevando a recompensa pela captura de Maduro a US$ 50 milhões.

Do lado venezuelano, Maduro tenta usar a ameaça como instrumento político interno. Ele anunciou mobilização de 4,5 milhões de integrantes da Milícia Nacional Bolivariana, embora apenas 220 mil estejam efetivamente treinados. Além disso, enviará 15 mil soldados da força de reação rápida à fronteira com a Colômbia. Analistas apontam que, apesar do efeito simbólico, a iniciativa reforça o clima de alerta e apoio interno à liderança de Maduro, ao mesmo tempo em que mantém tensão permanente com os EUA e outros países da região.

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