Um ataque massivo da Rússia contra Kiev, capital da Ucrânia, deixou ao menos 17 mortos, entre eles quatro crianças, nesta quinta-feira (28). De acordo com o Ministério do Interior ucraniano, dezenas de pessoas ficaram feridas após a madrugada marcada por explosões e incêndios em diferentes bairros da cidade. O presidente Volodymyr Zelensky classificou o bombardeio como “um assassinato horrível e deliberado de civis”.
Segundo o Exército ucraniano, a ofensiva envolveu 598 drones e 31 mísseis, dos quais a maioria foi interceptada. Apesar disso, bairros residenciais e estruturas de energia foram atingidos, deixando cerca de 60 mil moradores sem luz. O prefeito Vitali Klitschko confirmou que pelo menos 38 pessoas ficaram feridas e citou entre as vítimas fatais um adolescente de 14 anos.
Do lado russo, o Ministério da Defesa afirmou que os ataques tiveram como alvo bases aéreas e instalações ligadas ao esforço militar da Ucrânia, com o uso de drones e mísseis balísticos Khinzal. Moscou declarou que todos os objetivos foram atingidos. Em resposta, Kiev anunciou ter atacado duas refinarias russas nas regiões de Krasnodar e Samara.
A comunidade internacional reagiu de imediato. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse que o ataque foi “sem sentido” e informou que um edifício diplomático britânico foi danificado. O presidente da França, Emmanuel Macron, condenou a ação russa “nos termos mais fortes”. Em pronunciamento, Zelensky afirmou que Moscou “prefere mísseis balísticos à mesa de negociações” e voltou a pedir mais sanções contra o governo de Vladimir Putin.