Os municípios amazonenses de Apuí e Lábrea ocuparam, respectivamente, o primeiro e o segundo lugar no ranking de desmatamento da Amazônia em 2024, de acordo com dados divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Juntas, as duas cidades somaram 277 km² de floresta derrubada entre julho de 2024 e julho de 2025, o equivalente a 76 campos de futebol por dia.
A pesquisa foi feita com base no Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) e indica uma reversão na tendência de queda observada nos anos anteriores. A pesquisadora Larissa Amorim, do Imazon, chamou atenção para o aumento recente, que acende um alerta sobre a necessidade urgente de combater o avanço do desmatamento nessas áreas críticas.
Além dos municípios amazonenses, a lista dos dez que mais desmataram inclui cidades dos estados do Mato Grosso, Pará e Acre. No total, Pará, Mato Grosso e Amazonas foram responsáveis por 76% de todo o desmatamento registrado na Amazônia em 12 meses.
Outro dado preocupante apontado pelo Imazon foi o salto expressivo na degradação florestal, que quase quadruplicou no mesmo período, saltando de 8.913 km² para 35.426 km². Ao contrário do desmatamento, a degradação envolve danos causados por queimadas e extração de madeira, fragilizando o ecossistema e aumentando a vulnerabilidade da floresta.