Uma brasileira de 30 anos denunciou uma tentativa de estupro após ser hospedada pela companhia aérea TAP Air Portugal em um quarto compartilhado com dois desconhecidos, em Paris. O caso ocorreu na madrugada do dia 1º de junho, horas após o cancelamento de seu voo, quando a empresa alegou não ter acomodações individuais disponíveis e a encaminhou para um hotel onde dividiu o quarto com um homem brasileiro e uma mulher alemã.
Durante a estadia, a alemã não estava conseguindo dormir e decidiu seguir para o aeroporto e passar o resto da madrugada lá. Ela deixou um bilhete e partiu, deixando apenas a brasileira e o homem no quarto.
Por volta das 5h, a passageira acordou com o suspeito nu em cima dela, tentando violentá-la. Ela conseguiu se desvencilhar, gritou e o agressor fugiu do quarto. Imediatamente, a vítima notificou a TAP por e-mail, mas afirma que não recebeu qualquer apoio ou resposta efetiva da companhia.
A brasileira entrou com uma ação judicial no Brasil, pedindo R$ 50 mil por danos morais. A TAP teria oferecido R$ 5 mil em acordo, sem pedido de desculpas ou reconhecimento do ocorrido, o que foi recusado pela vítima. A advogada responsável pelo caso, Nathalia Magalhães, classificou a conduta da empresa como negligente e destacou que a prática de acomodar passageiros desconhecidos no mesmo quarto viola normas básicas de segurança e responsabilidade.
Em nota, a TAP afirmou que não é política da companhia alocar passageiros em quartos compartilhados sem consentimento e que aguarda o andamento das investigações locais para esclarecer os fatos.