A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou, nesta segunda-feira (8), que autoridades de imigração realizem operações levando em consideração critérios como etnia, idioma e origem nacional. A decisão foi vista como uma vitória política para o presidente Donald Trump, que busca criar uma plataforma ainda mais rígida contra a imigração.
O tribunal decidiu por 5 votos a 4 a favor da medida, que amplia os poderes das agências federais para identificar e deter imigrantes em situação irregular. Críticos apontam que a prática pode institucionalizar a discriminação racial no país, especialmente contra comunidades latinas e de imigrantes do Oriente Médio.
Organizações de direitos civis classificaram a decisão como um retrocesso histórico. Para elas, a medida legitima a “perseguição por aparência ou idioma” e enfraquece décadas de avanços legais contra a segregação. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) prometeu recorrer a cortes estaduais e internacionais para tentar barrar a aplicação da nova diretriz.
Já aliados de Trump celebraram a decisão, afirmando que ela fortalece a segurança nacional e garante maior controle das fronteiras. Parlamentares republicanos argumentam que o governo precisa de instrumentos mais duros para combater o tráfico de pessoas e reduzir a entrada de imigrantes sem documentação.
A medida aprovada pela Suprema Corte deve ter impacto imediato nas operações migratórias, especialmente em estados fronteiriços como Texas, Arizona e Califórnia. Analistas avaliam que a decisão deve acirrar ainda mais o debate político sobre imigração, considerado um dos temas centrais da corrida presidencial de 2026 nos Estados Unidos.