A investigação sobre a adulteração de bebidas alcoólicas no estado de São Paulo avançou com a confirmação da presença de metanol em produtos de duas distribuidoras. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (6) pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Em entrevista coletiva, o secretário detalhou que a confirmação veio através de laudos periciais emitidos pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica. As distribuidoras em questão foram alvo de operações policiais na última sexta-feira (3), como parte da apuração de crimes contra a saúde pública relacionados à possível contaminação das bebidas com a substância tóxica.
“Das 17 requisições relacionadas a 13 boletins de ocorrência diferentes, duas tiveram resultado positivo. O laudo confirmou metanol. Os locais eram distribuidoras”, explicou Derrite.
Ainda na coletiva, o governador Tarcísio de Freitas ressaltou a importância do resultado da perícia para rastrear a origem da bebida que vitimou uma pessoa no estado. “Com isso, confirmamos que a origem daquela bebida consumida no bar — que infelizmente resultou em óbito — partiu daquela distribuidora. Esse estabelecimento já está fechado, com seu registro suspenso e cassado”, afirmou.
A Secretaria da Saúde de São Paulo já havia confirmado, no sábado (4), a segunda morte por intoxicação causada por bebida adulterada com metanol. A vítima mais recente é Marcos Antônio Jorge Junior, de 46 anos, que faleceu em 2 de outubro após ser hospitalizado em estado grave.
A primeira vítima identificada foi o advogado Marcelo Lombardi, de 45 anos, que adquiriu a bebida em uma adega e a consumiu em casa, sem ter qualquer suspeita de irregularidade