O vereador Jucinei Freire da Silva (MDB) foi condenado pela Justiça Federal do Amazonas a 10 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por envolvimento em um esquema de fraudes em financiamentos rurais do Banco da Amazônia (BASA), por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
De acordo com o processo, o vereador que é conhecido como Ney Nobre era o principal beneficiário de um esquema que utilizava laranjas para simular o cultivo de abacaxi em propriedades inexistentes no município de Itacoatiara. Cerca de R$ 374 mil foram liberados pelo banco por meio de contratos fraudulentos e desviados através de saques em espécie e transferências bancárias.
O juiz Thadeu José Piragibe Afonso, da 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Amazonas, destacou na decisão que as operações provocaram “severo prejuízo à instituição bancária” e considerou a conduta do vereador como “alta reprovabilidade”, por ter se aproveitado da confiança de trabalhadores rurais para aplicar as fraudes.
O juiz também condenou Ney ao pagamento de 153 dias-multa e à restituição integral de R$ 374.289,60 ao Banco da Amazônia. Ney poderá recorrer da decisão em liberdade e, caso seja condenado em última instância, poderá ter os direitos políticos suspensos.