Seis palestinos foram mortos pelo Exército de Israel nessa segunda-feira (13), apenas um dia após o anúncio de uma trégua entre Israel e o Hamas, que resultou na libertação de 2.500 prisioneiros e na libertação de 20 reféns israelenses. O episódio ocorreu no norte da Faixa de Gaza, onde, segundo autoridades locais, os palestinos teriam sido atingidos por disparos enquanto se aproximavam de uma área controlada por tropas israelenses.
O Exército de Israel confirmou a ação, e disse que os indivíduos ultrapassaram a linha amarela do território dos militares, previsto no acordo de paz, e não atenderam as ordens para recuar. Já o Hamas classificou o ataque como uma violação direta do cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, que previa a retirada gradual das tropas israelenses e a entrada de ajuda humanitária.
A trégua foi anunciada após mais de dois anos de conflito, que deixaram mais de 67 mil mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. Organizações internacionais expressaram preocupação com a continuidade da violência, mesmo após o pacto de paz.
A ONU pediu que ambas as partes respeitem os termos do acordo e evitem novas escaladas. O Patriarcado Latino de Jerusalém também se manifestou, afirmando que “haverá muitos obstáculos e não será fácil” manter a paz na região.