O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou para esta quinta-feira (16) uma reunião crucial entre Brasil e Estados Unidos para negociar a taxação extra imposta sobre produtos brasileiros exportados. O encontro ocorre após uma conversa por vídeo entre Lula e o presidente Donald Trump no início do mês.
Em um tom descontraído, Lula brincou sobre a “excelente química” citada por Trump após um breve encontro em setembro na ONU, afirmando que “Não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, foi designado por Trump para dar seguimento às negociações e convidou o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, a liderar uma delegação brasileira em Washington. Vieira desembarcou na capital norte-americana nesta terça-feira (14).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil apresentará argumentos econômicos sólidos para reverter as tarifas. O principal ponto é que a medida está encarecendo a vida dos consumidores americanos. Haddad também mencionou que os EUA já têm superávit comercial com o Brasil e grandes oportunidades de investimento no país, especialmente em setores como transformação ecológica e energias limpas.
O aumento de tarifas é parte da nova política da Casa Branca, sob Trump, para elevar barreiras alfandegárias contra parceiros comerciais.
Inicialmente, em abril, foi imposta uma taxa de 10% aos produtos brasileiros. No entanto, em agosto, uma tarifa adicional de 40% entrou em vigor, em retaliação a decisões brasileiras que, segundo Trump, prejudicariam as big techs americanas e em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre os produtos afetados estão café, frutas e carnes.