O governo federal decidiu reforçar o esquema de segurança para a COP30, que será realizada em Belém, após a megaoperação policial no Rio de Janeiro que resultou na morte de 100 pessoas, sendo 12 criminosos, entre eles o chefe do Comando Vermelho no Pará, Wesley Martins, conhecido como “PP”. A medida foi tomada diante da preocupação com possíveis retaliações da facção criminosa, uma vez que parte dos mandados de prisão executados no Rio foi expedida pela Justiça paraense, em articulação com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Desde o início da semana, o policiamento foi intensificado nos bairros de Belém e da região metropolitana onde há histórico de atuação do Comando Vermelho. Apesar do clima de atenção, até a noite de domingo (2) não havia sinais de represálias ou de riscos de ações violentas relacionadas ao evento internacional. O investimento total em segurança já ultrapassa R$ 50 milhões, segundo o governo do Pará.
Nesta segunda-feira (3), as forças de segurança iniciarão varreduras em áreas estratégicas da capital paraense e nos locais que sediarão as atividades da COP30. A operação conta com a atuação integrada da Polícia Federal, Forças Armadas, Secretaria Nacional de Segurança Pública e órgãos estaduais. A publicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Diário Oficial da União deve formalizar a presença das Forças Armadas no evento.
A COP30 reunirá cerca de 50 chefes de Estado e representantes de 191 países credenciados. O governo brasileiro busca garantir um ambiente seguro e controlado para as discussões climáticas, que ocorrerão em um momento de grande visibilidade internacional para o país e para a Amazônia. A Cúpula dos Líderes está prevista para quinta e sexta-feira, e deve colocar Belém no centro das atenções globais sobre sustentabilidade e políticas ambientais.