Uma operação integrada das polícias Civil e Militar de Goiás resultou na prisão de 32 pessoas envolvidas em um foguetório realizado em “homenagem” ao Comando Vermelho (CV), na noite de terça-feira (4/11). A ação ocorre dias após uma megaoperação no Rio de Janeiro, que matou integrantes da facção, incluindo foragidos de Goiás.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Renato Brum, as forças de inteligência monitoraram os primeiros indícios da ação e agiram rapidamente. “Desde que detectamos os fogos de artifício, fomos a campo com todas as forças de segurança, realizando as primeiras prisões ainda na madrugada”, afirmou Brum, destacando que os detidos eram simpatizantes da facção, mas sem posições de liderança.
A operação foi distribuída por vários municípios do estado: 12 prisões em Goiânia, nove em Aparecida de Goiânia, seis em Abadia de Goiás e três em Rio Verde. O secretário reforçou que a segurança pública permanece sob controle e que líderes do Comando Vermelho estão isolados em regime especial no presídio de Planaltina de Goiás.
As prisões ocorreram com base em enquadramentos criminais, como apologia ao crime, posse ilegal de armas de fogo e porte de entorpecentes. “Aqui não vai ser aceito enaltecer criminosos”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga. Ele destacou que soltar fogos de artifício isoladamente não configura crime, mas a ação integrada foi necessária para evitar que situações similares às de outros estados acontecessem em Goiás.
Além das prisões, a operação contou com fiscalização do Corpo de Bombeiros e do Procon Goiás. Cerca de 30 estabelecimentos que vendiam fogos de artifício foram inspecionados em Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Anápolis, resultando na apreensão de quase 4 mil unidades por irregularidades no armazenamento e na comercialização. O secretário Renato Brum alertou para os riscos da venda irregular e reforçou que a atuação visa proteger a população.