Luiz Gustavo Silva Lima, apontado como um dos envolvidos no acidente que deixou duas pessoas mortas e seis feridas na avenida do Turismo, Zona Oeste de Manaus, foi preso e apresentado na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) na manhã desta segunda-feira (17). Ele dirigia uma caminhonete Amarok e, segundo as primeiras investigações, participava de um racha momentos antes da colisão fatal.
De acordo com a Polícia Civil, Luiz Gustavo disputava velocidade com Renan Maciel, condutor de um Volkswagen Polo preto. Testemunhas afirmaram que os dois veículos trafegavam lado a lado em alta velocidade quando um deles perdeu o controle, ocasionando o impacto devastador que resultou nas mortes e deixou outras vítimas em estado grave.
Após o acidente, Luiz Gustavo foi detido e inicialmente levado ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Acompanhado de seu advogado, ele negou ter participado do racha e se declarou “vítima da situação”. O teste de alcoolemia deu negativo, mas a DEHS segue investigando para esclarecer sua responsabilidade criminal.
A transferência para a Delegacia de Homicídios ocorreu após a chegada de novos elementos, como vídeos de moradores e motoristas que passavam pelo local, além de registros que circularam nas redes sociais. Essas imagens já estão com os investigadores e devem ajudar a reconstruir a dinâmica do acidente e confirmar se houve de fato a disputa ilegal.
Enquanto Luiz Gustavo permanece preso preventivamente, Renan segue internado, passando por cirurgia devido a uma fratura sofrida na batida. Ele também é investigado por possível envolvimento no racha. Nas redes sociais, Renan mantinha um perfil onde postava vídeos dirigindo em alta velocidade, fazendo manobras perigosas e exibindo o velocímetro marcando mais de 200 km/h. Após a repercussão, a conta foi apagada, mas diversos registros ainda circulam.
O acidente gerou grande revolta entre moradores e motoristas que transitam pela avenida do Turismo, local conhecido pela ocorrência frequente de rachas clandestinos. A população cobra punição exemplar aos responsáveis e ações mais rígidas de fiscalização na área.

