A partir de 2026, o abono salarial PIS/Pasep passará por mudanças significativas que podem reduzir o número de beneficiários. A principal alteração será no critério de renda: o limite de até dois salários mínimos deixará de acompanhar o reajuste do mínimo e será corrigido apenas pela inflação, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A medida faz parte do novo pacote fiscal aprovado pelo Congresso Nacional e tem como objetivo conter gastos públicos. Com isso, trabalhadores que tiverem aumento real de salário — acima da inflação — poderão ficar de fora do benefício, mesmo que continuem recebendo valores próximos ao piso nacional.
O valor do abono continuará sendo proporcional ao número de meses trabalhados no ano-base, com base no salário mínimo vigente. Para ter direito, o trabalhador precisa estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, ter trabalhado com carteira assinada por no mínimo 30 dias no ano-base e ter os dados corretamente informados pelo empregador no sistema do governo.
O calendário de pagamentos para 2026 ainda será divulgado, mas a expectativa é que siga o modelo escalonado por mês de nascimento, como nos anos anteriores.

