O ex-presidente Jair Bolsonaro violou o uso da tornozeleira eletrônica e apresentava risco gravíssimo de fuga, segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva do político neste sábado (22). A medida faz parte do cumprimento das determinações da Justiça em processos relacionados à trama golpista liderada por Bolsonaro.
De acordo com o despacho judicial, Moraes considerou que a realização da suposta vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro poderia comprometer a efetividade da prisão domiciliar e representar ameaça à ordem pública. O ministro destacou que a situação exigia intervenção imediata para evitar qualquer tentativa de fuga ou tumulto.
O ex-presidente cumpre atualmente prisão domiciliar desde 4 de agosto, acusado de interferir em negociações e planejar ações para permanecer no poder após a derrota nas urnas de 2022. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela liderança de uma trama golpista.
A decisão de Moraes não se estendeu aos demais réus condenados no mesmo processo, sendo direcionada exclusivamente ao ex-presidente. Segundo fontes da TV Globo, a prisão preventiva tem caráter cautelar e busca garantir a segurança de todos os envolvidos, incluindo agentes da Polícia Federal e participantes de eventuais manifestações.
A Polícia Federal cumpriu o mandado e conduziu Bolsonaro à Superintendência da corporação em Brasília. A defesa ainda não havia sido oficialmente notificada no momento da execução da ordem. O caso segue em acompanhamento pelo STF e poderá ter novos desdobramentos nos próximos dias.