Blog do Moisés Dutra
Economia

Dólar oscila em baixa sob influência do exterior e à espera de Galípolo

Após forte alta na sessão anterior, o dólar oscila em leve baixa nesta manhã de segunda-feira no Brasil, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante várias outras divisas no exterior, em meio ao aumento das apostas de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro.

Investidores no Brasil aguardam pela participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no início da tarde.

Às 9h33, o dólar à vista caía 0,29%, aos R$5,3866 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro para dezembro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,48%, aos R$5,3905.

Na sexta-feira as apostas de que o Fed cortará sua taxa de juros em dezembro voltaram a ser majoritárias no mercado de títulos norte-americano, invertendo a precificação anterior. Na manhã desta segunda-feira, conforme a Ferramenta CME FedWatch, o mercado precificava 73,5% de probabilidade de corte de 25 pontos-base, contra 26,5% de chance de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%.

Este cenário para os juros dos EUA pesava sobre o dólar ante outras divisas nesta manhã, inclusive em relação a moedas pares do real como o peso chileno, o peso mexicano e o rand sul-africano. Às 9h34, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes — caía 0,21%, a 100,030.

No Brasil, os investidores estarão atentos à participação de Galípolo no almoço anual da Febraban, a partir das 12h, em busca de pistas sobre o futuro da taxa básica Selic, atualmente em 15% ao ano. Parte do mercado aposta em um corte da taxa já em janeiro, de 25 pontos-base, mas o BC tem mantido discurso cauteloso em relação à política monetária.

O diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos tem sido apontado por analistas como um fator de atração de recursos para o país, o que vem mantendo o dólar em níveis mais baixos.

No boletim Focus divulgado nesta manhã, a mediana das projeções dos economistas do mercado para a Selic no fim deste ano seguiu em 15%, mas para o fim de 2026 cedeu de 12,25% para 12,00%. O dólar projetado para o fim deste ano permaneceu em R$5,40.

Às 10h30, o Banco Central realizará dois leilões simultâneos de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) no valor total de US$2,0 bilhões, para rolagem do vencimento de 5 de janeiro de 2026.

Na sexta-feira o dólar à vista fechou em alta de 1,20%, aos R$5,4020.

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